Pelo menos 27 pessoas morreram, na maioria civis, e 97 ficaram feridas no duplo atentado de hoje em Damasco, anunciou o ministro sírio da saúde à televisão estatal.
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«Vinte e sete pessoas, a maioria civis, foram mortas, e 97 outras ficaram feridas nas duas explosões», disse Wael al-Halaqi.
Segundo a televisão, que não adiantou o número de vítimas, os atentados foram realizados por carros-bomba e visaram as instalações da polícia criminal e os escritórios dos serviços de informação da força aérea síria.
O primeiro ataque teve como objetivo a sede dos serviços de informação da Força Aérea, no norte da capital síria, enquanto uma segunda explosão se ouviu cerca das 7:40 (5:40 em Lisboa) num edifício da polícia criminal, na zona ocidental da cidade.
Damasco, que se tem mantido relativamente à margem da revolta popular, voltou hoje a ser cenário de atentados, depois de em dezembro do ano passado terem morrido pelo menos 40 pessoas na capital síria em dois ataques suicidas com carros-bomba que explodiram quase simultaneamente nas imediações dos edifícios da segurança central. Na altura as autoridades atribuíram os atentados à al-Qaeda.
A 6 de janeiro, um ataque suicida matou duas dezenas de pessoas em Damasco e quatro dias depois 28 pessoas perderam a vida num duplo atentado em Alepo, outra cidade que se manteve relativamente à margem da revolta.
As explosões de hoje, cuja autoria ainda não foi reivindicada, surgem dois dias depois do primeiro aniversário da revolta popular que tem contado com uma violenta repressão governamental, que já causou mais de 8.000 mortos, segundo a ONU.