Dezenas de milhares de sírios manifestaram-se, esta sexta-feira, em todo o país contra o regime de Bashar al-Assad, enfrentando as forças do governo e o bombardeamento intensivo das cidades rebeldes, num protesto que provocou 29 mortos.
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Segundo o Observatório Sírio dos Direitos do Homem, pelo menos 29 pessoas foram mortas hoje, incluindo 11 na província central de Homs e um número idêntico em Aleppo, região do norte da Síria.
A mobilização maciça dos sírios aconteceu um dia depois do Conselho de Segurança da ONU ter pedido a Damasco para pôr fim às suas operações militares no máximo até ao dia 10 de abril, como prometeu, e à oposição para fazer o mesmo nas 48 horas seguintes.
As forças de segurança atiraram contra os manifestantes em Duma (norte de Damasco), Hama (centro) e Idleb (nordeste), indicaram as comissões locais de coordenação que animam os contestatários no terreno.
Na página do Facebook The Syrian Revolution 2011, os militantes pró-democracia apelaram à distribuição de armas aos rebeldes, depois de na quinta-feira se terem registado no país 77 mortos, entre os quais 45 civis, segundo o Observatório Sírio dos Direitos do Homem (OSDH).
Os militantes deram nota do «envio maciço de agentes de segurança com o objetivo de impedir as manifestações» e atiradores emboscados nos edifícios em Muadamiyé, na província de Damasco, bem como na praça Assi, em Hama, lugar habitual das manifestações.
Combates violentos opuseram, em Dmeir, desertores e forças do regime, que tomaram a cidade de assalto e, pelo menos, um soldado morreu.