Perto de três mil pessoas manifestaram-se para pedir a revogação do estado de emergência e a libertação de prisioneiros. Treze pessoas morreram em confrontos com as autoridades.
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«Mais de duas mil pessoas, curdos, árabes e cristãos assírios manifestaram-se em Qamishli após a oração de sexta-feira e algumas centenas de curdos desfilaram nas ruas de Hassaké, Amouda, Derek e Deirbassiyé para pedir a libertação de prisioneiros e a abolição do estado de emergência [em vigor desde 1962]», afirmou Radif Moustapha, presidente do comité curdo para os Direitos do Homem, em declarações à agência noticiosa francesa AFP.
Estas manifestações acontecem um dia depois do presidente da Síria, Bachar al-Assad, ter promulgado um decreto que concede a cidadania aos cerca de 300 mil habitantes de origem curda, minoria estabelecida há meio século no nordeste do país.
Em 1962, 20 por cento dos curdos da Síria perderam a nacionalidade síria na sequência de um recenseamento que várias organizações de direitos humanos consideraram controverso.
Entretanto, a agência noticiosa norte-americana Associated Press, citando uma testemunha local, avançou que pelo menos 13 manifestantes morreram durante um protesto no sul do país, em Deraa.
As forças de segurança reagiram com gás lacrimogéneo e dispararam fogo real contra os manifestantes, de acordo com a mesma testemunha, que pediu o anonimato.
A Síria tem sido agitada por uma onda de manifestações contra o regime do Presidente Bachar al-Assad.