Nas Nações Unidas, o presidente da Comissão de Inquérito sobre a Síria teceu duras críticas aos países em causa e lamentou que os lados continuem a acreditar na "ilusão" de que uma vitória militar é possível.
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O presidente da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Síria disse esta tarde, na sede das Nações Unidas, que o conflito na Síria depende das potências internacionais que continuam a fornecer armas às duas partes em confronto.
Paulo Sérgio Pinheiro diz que a comunidade internacional está cega, surda e muda para este conflito e aqueles que fornecem armas para os beligerantes criam a ilusão de vitória.
Na sua intervenção, Paulo Sérgio Pinheiro pediu que ponham fim à carnificina dos civis, uma violência que já deveria ter aberto a consciência da comunidade internacional, mas tal não aconteceu.
Paulo Sérgio Pinheiro falou em níveis de violência inimagináveis, de torturas até nos hospitais a pessoas feridas e a utilização dos civis como escudos humanos.
Os dois lados em conflito colocam alvos militares dentro de zonas civis expondo assim a população à guerra e, por outro lado, o exército sirio está a fazer bombardeamentos diários e com armas mais sofisticadas como mísseis e bombas termobáricas.
Bombas termobáricas ou bombas de vácuo estão a ser utilizadas na guerra civil da Síria onde de acordo com a comissão internacional de inquérito independente a guerra já devastou um terço da riqueza nacional do país.