Damasco contestou o que foi difundido quinta-feira pela televisão norte-americana ABC, que conseguiu a primeira entrevista com o presidente Bashar Al-Assad depois da repressão violenta aos manifestantes anti-regime.
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A Síria está a ser um alvo político e económico. É assim que o porta- voz do governo de Damasco resume as críticas à forma como a ABC editou a entrevista a Bashar Al-Assad.
O presidente afirmou que não ordenou ao exército que matasse civis na rua. Assad disse, aliás, que só um louco daria semelhante ordem sobre o seu próprio povo e que uma coisa é a repressão política outra bem diferente são erros cometidos por alguns oficiais.
Entretanto, Washington reagiu dizendo que ou Bashar Al-Assad perdeu completamente o poder que tinha na Síria, e agora é apenas um utensílio, ou então está totalmente desligado da realidade.
Esta sexta-feira, numa conferência de imprensa, o responsável pela comunicação do governo sírio veio acusar a ABC de ter distorcido as palavras do presidente.
Disse ainda que a ABC incitou, deliberadamente, uma ideia de violência passando continuamente imagens de vídeos que remetiam para incidentes entre forças de segurança e manifestantes.
Damasco entende que a televisão norte-americana cortou partes importantes da entrevista, distorcendo assim o verdadeiro conteúdo.
A entrevista foi conduzida pela jornalista veterana Barbara Walters. Por norma, as autoridades sírias não permitem a entrada de jornalistas estrangeiros no país e a maioria da informação provém de fontes oficiais.