
Ban Ki-Moon
Reuters
Os Governos internacionais devem agir rapidamente para impedir a «completa destruição» do país, alertou na segunda-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Ao condenar a «força brutal» usada pelo regime do Presidente sírio, Bachar al-Assad, nos últimos dois anos, Ban Ki-moon disse, citado em comunicado, que o «mundo assiste hoje às consequências com horror», defendendo que os responsáveis deverão enfrentar a justiça.
Ao salientar um balanço de «bem mais de 70 mil mortos», uma crise humanitária com mais de três milhões de deslocados, cidades e vilas destruídas, o secretário-geral da ONU apontou que «este é o resultado da escolha das armas em detrimento do diálogo político pacífico e de uma mudança genuína», segundo um dos seus porta-vozes, Eduardo del Buey.
Ban Ki-moon reiterou o apelo à «urgência de se alcançar uma solução política enquanto ainda é tempo de impedir a completa destruição da Síria».
«O objetivo final é claro para todos -- tem de haver um fim para a violência, uma rutura com o passado e uma transição para uma nova Síria, em que os direitos de todas as comunidades são protegidos e as aspirações legítimas de todos os sírios pela liberdade, dignidade e justiça são atendidas», disse.
O secretário-geral da ONU exortou todos os países, «em particular os membros do Conselho de Segurança, a encontrarem unidade e darem todo o seu apoio» aos esforços do enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, para que seja encontrada uma solução política.
A Rússia tem defendido Assad e bloqueou três resoluções para uma maior pressão sobre o Presidente sírio, enquanto os Estados Unidos, Reino Unido e França têm reforçado a ajuda à oposição síria nos últimos meses.