
epa06668997 Department of Defense spokesperson Dana White (L) and Joint Staff director Marine Lt. Gen. Kenneth F. McKenzie Jr. (R) speak to the media about the US-led bombing campaign against Syria inside the Pentagon briefing room in Arlington, Virginia, USA, 14 April 2018. The US, France, and Britain launched strikes against Syria early Saturday morning in response to Syria's suspected chemical weapons attack. EPA/JIM LO SCALZO
Jim Lo Scalzo/EPA
Os EUA revelaram ter informações que apontam para que o regime sírio tenha utilizado, no ataque químico em Douma, dois tipos de gases: cloro e sarin.
"Agora que as informações disponíveis são mais claras sobre o uso de cloro, temos também informações significativas que dão conta igualmente do uso de sarin", disse uma responsável da administração norte-americana, que falou à comunicação social sob a condição de anonimato, referindo que estas informações são corroboradas com os sintomas relatados por várias testemunhas.
O gás sarin é um agente neurotóxico muito forte e foi utilizado, em abril de 2017, durante um ataque na localidade de Khan Sheikhun, no noroeste sírio. A ação, também atribuída ao regime sírio, desencadeou igualmente uma retaliação por parte dos Estados Unidos.
Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram esta madrugada uma série de ataques com mísseis contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco.
O presumível ataque químico foi realizado há uma semana e terá provocado mais de 40 mortos e afetado cerca de 500 pessoas.
"Testemunhos presenciais corroboram que as bombas foram lançadas a partir de helicópteros do regime", explicou a representante norte-americana, que denunciou que nenhuma das alegações feitas tanto pelo Governo sírio como pela Rússia, aliado de Damasco, "coincidem" com a informação recolhida por Washington.
Algumas vítimas, explicou a mesma fonte, revelaram sintomas que não coincidem com os efeitos da exposição ao gás cloro, mas que correspondem ao uso de um agente neurotóxico, como o gás sarin. "Acreditamos que os dois foram usados no ataque", concluiu.