O presidente francês, François Hollande, defende que os responsáveis sírios devem responder em tribunal por aquilo que classifica de «loucura assassina».
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O presidente francês e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, acertaram também agir em conjunto para aumentar a pressão contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, e convocar uma reunião dos «amigos da Síria» em Paris.
O massacre de Houla «mostra novamente o perigo das ações do regime de Al-Assad contra a população», consideraram os dois responsáveis, de acordo com um comunicado divulgado pelo Eliseu.
Na nota, Hollande e Cameron, que conversaram por telefone, assinalam que, perante o desprezo do governo sírio em relação ao cessar-fogo no país, se deve atuar para acabar com «a sangrenta repressão» contra a população síria «que aspira à liberdade e à democracia».
Os dois dignitários reiteram o apoio à missão do enviando especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, e exigem que este tenha os meios necessários para realizar a sua tarefa.
«A loucura mortífera do regime de Damasco representa uma ameaça para a segurança regional e os seus responsáveis devem responder pelo seus atos», adiantam Hollande e Cameron.
Segundo os últimos dados da ONU, desde o início da revolta popular na Síria, em março de 2011, morreram mais de 10.000 pessoas devido à violência e 230.000 estão deslocadas.
A situação será abordada numa reunião entre Hollande e o presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, no Eliseu, indica ainda o comunicado.