Kofi Annan declarou que renunciou às funções de emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria por considerar «não ter recebido todos os apoios que a causa merecia».
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«Não recebi todos os apoios que a causa merecia. (...) Há divisões na comunidade internacional e tudo isso complica a tarefa», afirmou Annan numa conferência de imprensa em Genebra.
«É impossível para mim ou para qualquer outra pessoa convencer o governo (sírio) e a oposição a dar os passos necessários para iniciar um processo político», disse Annan em alusão aos 17 meses de violência na Síria.
«A militarização crescente no terreno e a falta de unanimidade no Conselho de Segurança mudaram fundamentalmente o meu papel», declarou.
Kofi Annan apresentou em abril um plano de paz para a Síria que, apesar de contar com o apoio das partes envolvidas, acabou por ser sempre ignorado.
Esse acordo previa, entre outros pontos, o fim da violência, com a entrada em vigor de um cessar-fogo sob supervisão da ONU, o início do diálogo político, o encaminhamento de ajuda humanitária para as zonas de combate e o fim das detenções arbitrárias.