Os países árabes apelaram ao atual presidente da Síria, Bashar al-Assad, para que tome a «decisão corajosa» de abandonar o poder.
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Os países árabes apelaram no domingo à oposição síria e aos rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL) para que aceitem formar um governo de transição, sem o atual presidente Bashar al-Assad, a quem pediram que deixe rapidamente o poder.
«Existe acordo quanto à necessidade da rápida demissão do presidente Bashar al-Assad», disse o emir do Qatar, Sheikh Hamad bin Khalifa Al-Thani, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião ministerial da Liga Árabe sobre a crise na Síria, que decorreu em Doha.
Os países da Liga Árabe defenderam assim, com a saída de Bashar al-Assad do poder, a criação de um governo de transição que permita acalmar a situação no país. «Apelamos à oposição e ao ESL para que constituam um governo de unidade nacional», referiu o emir.
O emir do Qatar apelou ao presidente sírio para que tome a «decisão corajosa» de se demitir para salvar o país, que viveu no domingo mais um intenso dia de combates entre as tropas do regime e os rebeldes.
Em toda a Síria, 123 pessoas morreram no domingo em resultado dos confrontos, 59 dos quais civis, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com base em Londres.
Segundo a mesma organização, pelo menos 1.290 pessoas morreram nos últimos sete dias, três quartos das quais eram civis.
No encontro de Doha sobre a questão síria, os países da Liga Árabe concordaram também em atribuir 100 milhões de dólares (82,2 milhões de euros) para ajudar os refugiados sírios, referiu ainda o emir do Qatar, que é também o ministro dos Negócios Estrangeiros do país.