O Observatório Sírio dos Direitos Humanos informou hoje que mais de 36 mil pessoas morreram desde o início da revolta na Síria, em março de 2011. O dia mais sangrento nos 19 meses de conflito foi 26 de setembro, com 305 mortos.
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A maioria das vítimas mortais do conflito são civis (25.667), incluindo aqueles que, não sendo militares, pegaram em armas para combater o regime do Presidente Bashar Al-Assad, adiantou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os restantes são militares, entre os quais 9.044 soldados do governo e 1.296 militares que desertaram para se juntar à rebelião.
«Além disso, documentámos as mortes de 439 outras pessoas cujas identidades fomos incapazes de verificar», disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, citado pela AFP.
O observatório não contabiliza os milhares de pessoas que são dadas como desaparecidas, algumas das quais estarão detidas e outras mortas, nem os milhares de membros das milícias pró-regime.
Agosto foi o mês mais mortífero desde o início da revolta, com 5.440 mortos, embora a violência se tenha mantido alta desde então, com 4.985 vítimas em setembro e 4.727 em outubro.
As 15.152 pessoas mortas nos últimos três meses representam uma média de 165 mortes por dia, embora haja dias em que os números são muito mais elevados.
O dia mais sangrento nos 19 meses de conflito foi 26 de setembro, com 305 mortos.
Os dados do observatório, sediado no Reino Unido, são compilados com a ajuda de uma rede de ativistas, advogados e médicos nos hospitais militares e civis na Síria.
A revolta na Síria começou com protestos pró-reformistas inspirados na "primavera árabe", mas transformou-se num conflito armado quando o Governo de Bashar Al-Assad reprimiu violentamente as manifestações.