As Nações Unidas pediram hoje a libertação de 140 alunos curdos entre os 14 e 16 anos que foram raptados em junho na Síria pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
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«O rapto, o recrutamento e o uso de crianças em hostilidades é uma violação grave dos direitos das crianças», afirmou Maria Calivis, diretora regional da agência da ONU para as infância (UNICEF) para o médio oriente e norte de África, adicionando que «a UNICEF expressa a sua mais profunda solidariedade para com as famílias das crianças raptadas».
«Os autores destes crimes devem ser responsabilizados perante a justiça», defendeu.
As crianças foram levadas pelo EIIL quando regressavam à sua aldeia de Ayn al-Arab, uma cidade maioritariamente curda no norte da Síria, depois de terem acabado os exames finais do 2º ciclo em Alepo. Dos cerca de 140 rapazes raptados apenas quatro conseguiram escapar.
«É desolador e inconcebível que crianças tenham de passar por atos de violência de tamanha brutalidade e que sejam obrigadas a participar nesta guerra», disse ainda Calivis no comunicado.
A Síria encontra-se em confrontos com o EIIL desde 2013, altura em que o grupo extremista se expandiu para o país procedendo então a uma campanha de violência com o objetivo de capturar várias províncias no norte do país.