Pelo menos 46 civis, dos quais 13 crianças, foram hoje mortos quando helicópteros do exército sírio lançaram barris de explosivos na cidade de Alepo, norte do país, disseram organizações não-governamentais sírias.
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Trinta e três das vítimas foram mortas num único bairro, em Tarik al-Bab, leste de Alepo, disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman, citado pela Agência France Presse.
Os barris, cheios de TNT, foram largados a partir de aviões ou helicópteros. A União Europeia, os Estados Unidos e a Liga Árabe condenaram o uso deste tipo de armas, que a organização humanitária Human Right Watch qualificou de ilegais.
«Quarenta e seis civis morreram como mártires, dos quais 13 crianças e cinco mulheres», disse Rahman, acrescentando que durante a noite oito combatentes de um grupo rebelde também tinham morrido num ataque semelhante em Chaar, leste de Alepo.
O número de mortos na guerra civil síria já superou os 136 mil no mês passado, que foi um dos mais sangrentos desde que começou o conflito, em março de 2011, disse hoje uma organização não-governamental, citada pela France Presse.
Em Genebra, após 10 dias de negociações, não se desenham perspetivas de um desfecho pacífico para a guerra na Síria, com o regime a admitir não voltar à mesa das negociações.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos disse que o número de mortos até final de janeiro é de pelo menos 136.227.
Entre os mortos estão 47.998 civis, incluindo mais de 7.300 crianças.
Além dos mortos, e de um número muito mais elevado de feridos, milhões de pessoas tiveram de deixar as suas casas.