Os ataques aéreos sobre Alepo, no norte da Síria, provocaram pelo menos 56 mortos, entre os quais seis crianças, e perto de Homs, no centro do país, um ataque de um carro-bomba teve como alvo uma escola.
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«Dezenas de pessoas foram mortas ou feridas por barris explosivos de numa estrada perto de um mercado e bairros em Aleppo», anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), citado pela agência France Presse (AFP).
Na região de Hanano, detida pelos rebeldes, um dos raides aéreos matou pelo menos 50 pessoas, seis das quais crianças e provocou 17 feridos graves, indicou o OSDH.
De acordo com Rami Abdel Rahmane, diretor do Observatório, o regime «tem tentado voltar a população que vive nas zonas lideradas pelos rebeldes contra estes, e por isso mata e foraça as pessoas a fugir».
O centro de imprensa de Alepo denunciou «um massacre» na estrada e explicou que os hospitais estão a ser confrontados com um afluxo massivo de feridos.
Um vídeo difundido pelo centro de imprensa liderado pela oposição síria mostra poças de sangue num carro destruído e assentos rasgados e manchados de sangue.
A Comissão Geral da Revolução Síria denunciou a campanha de bombardeios durante uma semana em Alepo, citando «um estado de terror e um êxodo da população para terras agrícolas, apesar do frio gélido».
Aquela entidade identificou duas das vítimas de hoje como dois socorristas que tentavam salvar os feridos.
O Conselho Provincial de Alepo (oposição) anunciou o encerramento das escolas por uma semana em áreas mantidas pelos rebeldes «por causa do bombardeio sistemático», acrescentando que duas escolas foram afetadas pelos ataques de hoje.
Num vídeo transmitido pela Shahba Press, uma rede de ativistas, pode-se ver uma criança no meio de sua escola Maareh destruída, dizendo que os ataques ocorreram durante o horário escolar.
No sábado, a Human Rights Watch alertou para um desastre em Alepo, avançando com mais de 200 pessoas mortas entre 15 para 18 de dezembro.
Durante este período, o OSDH indicou 161 mortos e a associação Médicos sem Fronteiras para 189.
Além disso, «pelo menos meio milhão de pessoas ficaram feridas, enquanto milhões de outras ainda estão desalojadas e dezenas de milhares privadas de liberdade», disse Magne Barth, chefe da delegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha na Síria.