A iniciativa da ONU e Liga Árabe para a Síria, liderada Kofi Annan, é a «última oportunidade» de impedir uma guerra civil e deve ter apoio «público e total» do Conselho de Segurança, defendeu o ministro dos Negócios Estrangeiros português.
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«A missão [de Kofi Annan] representa a última oportunidade de evitar que a Síria entre na espiral da guerra civil. Por isso, peço a este Conselho, e apelo a todos os seus membros, que se unam em apoio público e total a Annan e aos objetivos que ele sublinhou», disse Paulo Portas.
O chefe da diplomacia portuguesa falava durante num debate sobre a situação no Médio Oriente, convocada pela presidência britânica do Conselho de Segurança da ONU, numa altura em que está a ser negociado um novo projeto de resolução sobre a Síria, depois de dois anteriores terem sido vetados por Rússia e China.
«Quantos mais milhares de mortos serão precisos para este Conselho estar à altura das suas responsabilidades? Quanto mais tempo ficaremos em silêncio enquanto o regime sírio empurra o país para um conflito sectário sangrento e guerra civil?», questionou Portas.
A reunião de hoje conta com a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e dos chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido, Alemanha, entre outros países.
A China é dos membros permanentes do Conselho de Segurança aquele que se faz representar a mais baixo nível.