O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, afirmou hoje que as provas de um ataque químico do regime de Bashar al-Assad na Síria poderão ter sido destruídas.
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«O facto é que a maior parte das provas poderão ter sido destruídas», disse, numa conferência de imprensa, em Londres, poucas horas depois de o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, ter autorizado a visita de uma missão da ONU à zona onde terá ocorrido, na quarta-feira, o ataque com armas químicas, que, segundo a oposição síria, matou mais de mil pessoas.
Segundo William Hague, «outras provas poderão ter sido danificadas durante os últimos dias e outras adulteradas».
O ministro britânico lamentou que o regime sírio tenha tardado em dar "luz verde" à missão das Nações Unidas, permitindo o desaparecimento de provas.
«Temos de ser realistas sobre o que a equipa [de peritos da ONU] pode obter», assinalou William Hague, que se revelou convicto na culpabilidade do governo de Damasco no suposto ataque químico.
De acordo com a ONU, mais de cem mil pessoas foram mortas na Síria desde a insurreição contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011.