Três jornalistas da televisão estatal síria e o seu motorista foram sequestrados enquanto cobriam a violência nos subúrbios de Damasco, informou o canal, que atribuiu o rapto a «terroristas» e afirmou estarem em curso esforços para libertar as vítimas.
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O diretor-geral da cadeia Al-Ikhbariya, Imad Sarah, disse que os quatro foram raptados na sexta-feira, no subúrbio de al-Tal, no norte da capital síria, por um grupo armado que apelidou de «terrorista».
As autoridades referem-se normalmente aos rebeldes que lutam contra o regime do presidente Bashar al-Assad como «terroristas».
Os rebeldes têm negado ataques contra os media, mas consideram que os órgãos de comunicação pró-governamentais são um alvo legítimo, uma vez q ue são porta-vozes do regime. De qualquer forma, o movimento rebelde é composto por grupos muito diversos, que poderão ter visões diferentes sobre quem consideram um alvo válido.
Os sequestros têm-se tornado cada vez mais frequentes, à medida que alastra a guerra civil na Síria.
Entretanto, o exército sírio intensificou hoje as suas operações nos arredores de Damasco e na cidade de Alepo, com fortes bombardeamentos por terra e por ar, segundo grupos da oposição.
O ativista Suhaib al Qasem, que se encontra em Damasco, explicou à Efe que helicópteros de combate bombardearam localidades dos arredores da capital, como Mesraba, Kafr al Batna ou Deir al Asafir.
Num comunicado, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que habitantes dessa zona fugiram com medo de uma operação militar de grande envergadura.
Segundo o OSDH, três pessoas morreram por disparos de tanques em Deir al Asafir, enquanto duas outras perderam a vida devido ao impacto de projéteis na localidade próxima de Al Guta.
Em Alepo, as forças governamentais bombardearam com intensidade o bairro de Al Sukari, adianta ainda o Observatório.