É já a décima vez que a Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, veta matérias relacionas com a Síria.
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A Rússia vetou, esta quinta-feira, nas Nações Unidas um projeto de resolução elaborado pelos Estados Unidos, para prolongar o mandato dos especialistas internacionais que investigam a utilização de armas químicas na Síria.
Pouco antes da votação, depois de um tenso debate entre os embaixadores russo e norte-americano no Conselho de Segurança da ONU, a Rússia retirou o seu próprio projeto de resolução da votação que iria ocorrer.
A resolução norte-americana recebeu onze votos a favor, dois contra (Rússia e Bolívia) e duas abstenções (China e Egito). O voto negativo da Rússia, proveniente de um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido) constituiu um veto.
Este é o décimo veto russo em relação à Síria, cujo regime é apoiado pela Rússia.
Os Estados Unidos e a Rússia elaboraram dois projetos de resolução conflituantes sobre a extensão do grupo de especialistas internacionais, concordando apenas num ponto, que é a renovação por um ano.
O texto russo exigiu uma revisão da missão do grupo e um congelamento do seu último relatório, envolvendo o regime de Bashar al-Assad num ataque de gás sarin em abril.
Washington, apoiado pelos europeus, opôs-se e pediu sanções contra os responsáveis pelo uso de armas químicas na Síria.
Cerca de uma hora antes da votação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu na rede social Twitter que todo o Conselho de Segurança da ONU devia votar para renovar o mandato do grupo, de modo a "assegurar que o regime de Assad nunca mais possa cometer assassinatos em massa com armas químicas".
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