O Senado norte-americano aprovou o plano de Barack Obama de apoio aos rebeldes sírios, que tem como objetivo de combater os `jihadistas" do grupo Estado Islâmico (EI).
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Os senadores aprovaram o plano por 78 votos a favor e 22 contra, sendo a primeira componente estratégica contra os `jihadistas", apresentada por Obama na semana passada.
A aprovação do Senado permitirá ao Departamento de Defesa norte-americano aumentar a entrega de armas aos rebeldes sírios - opositores do regime de Bashar al-Assad - para lutarem contra os extremistas do grupo Estado Islâmico, que dominam áreas do norte do país.
Permitirá também que Washington leve a cabo operações de treino dos rebeldes sírios na Arábia Saudita.
Contudo, a emenda aprovada não dá "carta branca" ao Governo, exigindo um relatório da execução do plano a cada 90 dias, número de combatentes treinados, grupos apoiados com armas e outros equipamentos.
Outro ponto que fica bastante claro é que não haverá envio de tropas norte-americanas para o terreno, limitando o plano a 11 de dezembro, forçando a Administração Obama a voltar ao Congresso para clarificar a sua estratégia contra o Estado Islâmico.
A votação de hoje no Senado, de maioria democrata, aconteceu um dia depois da aprovação do mesmo plano na Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos.
Os Estados Unidos têm entregado, desde 2013, armas ligeiras e treino aos rebeldes sírios na Jordânia, mas de forma encoberta, através de um programa da CIA.
Obama agradeceu ao Senado pela sua «rapidez e seriedade» ao autorizar a entrega de armamento aos rebeldes sírios.
Obama referiu que o plano é «um elemento chave» da estratégia global de sua Administração para travar o grupo radical Estado Islâmico.
«Hoje nós mostramos que as ameaças aos Estados Unidos, as ameaças aos nossos aliados, não nos dividem, unem-nos», disse Obama na Casa Branca, depois de o Senado dar "luz verde" para treinar e armar os rebeldes sírios.
O Presidente dos Estados Unidos insistiu que as tropas norte-americanas «não têm e nem terão» um papel de combate terrestre no Iraque e na Síria.