A UE anunciou que apoia a iniciativa da Liga Árabe sobre a Síria, incluindo o pedido ao Conselho de Segurança para formar uma força conjunta ONU-árabes para acabar com a violência.
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«Apoiamos fortemente qualquer iniciativa» visando acabar com a repressão sangrenta, «incluindo uma presença árabe mais forte no terreno em cooperação com a ONU para conseguir um cessar-fogo e o fim da violência», declarou esta segunda-feira Michael Mann, porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
«Estamos em contacto constante com o secretário-geral da Liga Árabe e as Nações Unidas para discutir o modo como isto pode avançar o mais rapidamente possível», precisou.
As decisões tomadas no domingo pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da Liga Árabe «são corajosas», assinalou, saudando «o envolvimento claro e a liderança assumida pela Liga Árabe para resolver a crise na Síria».
Apesar da Rússia e da China terem bloqueado a adoção de uma resolução condenando a violência na Síria, a UE renovou esta segunda-feira os apelos «a todos os membros do Conselho de Segurança da ONU para serem construtivos e agirem de modo responsável neste momento crucial».
A UE pretende desempenhar um «papel muito ativo» no seio do grupo dos «Amigos da Síria», com o objetivo de «construir um consenso internacional sobre a Síria e fazer propostas urgentes para acabar com o massacre, reduzir o sofrimento da população síria, procurar uma solução pacífica para a crise e promover uma nova era de mudança democrática», precisou Michael Mann.
Entretanto, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros considerou que não será viável, à partida, uma força com árabes e ocidentais, defendendo que uma força de manutenção de paz na Síria não pode incluir os ocidentais. Contudo, se o conceito acabar por ser viável, William Hague garante que a Inglaterra não se vai opor.
A Liga Árabe anunciou no domingo que ia dar apoiar político e material à oposição síria e «pedir ao Conselho de Segurança a adoção de uma resolução para a formação de uma força de manutenção da paz conjunta árabes-ONU para fiscalizar a aplicação do cessar-fogo» na Síria.