A União Europeia e a NATO manifestaram o seu agrado com o acordo alcançado entre a Rússia e os EUA para o desmantelamento do arsenal químico do regime sírio.
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Os EUA e a Rússia chegaram a acordo sobre um plano de eliminação das armas químicas sírias que dá uma semana a Damasco para apresentar a lista destas armas e prevê a adoção de uma resolução da ONU.
Os Estados Unidos e a Rússia «estão de acordo que a resolução da ONU se refira ao capítulo 07 sobre o recurso à força», anunciou hoje em Genebra o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, ao fim de três dias de discussões com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em Genebra.
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, manifestou-se hoje confiante na capacidade do acordo alcançado entre os dois países para «abrir caminho» a uma solução política para o conflito na Síria.
«Felicito o acordo alcançado entre Rússia e EUA para assegurar a rápida e segura destruição das armas e programa químico da Síria», declarou a comissária europeia em comunicado.
Pelo lado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), o general dinamarquês que preside ao comité militar da organização, Knud Bartels, mostrou-se satisfeito pelo acordo alcançado.
«Podemos aplaudir. Estamos contentes que isto tenha acontecido», disse durante uma conferência de imprensa em Budapeste, onde participa numa reunião do comité militar da NATO.
Bartels acrescentou que não tem, para já, opinião formada sobre as consequências do acordo entre russos e americanos.
O acordo entre Washington e Moscovo prevê para o regime de Damasco prazos muito mais curtos do que aqueles que estão estabelecidos na Convenção para a Proibição de Armas Químicas para a eliminação de arsenais químicos.
Segundo o acordo agora alcançado, inspetores deverão estar no terreno, na Síria, até novembro, com o objetivo de eliminar as armas químicas do país até meados de 2014.