Os líderes europeus pediram ao Conselho de Segurança, que reúne esta terça-feira em Nova Iorque, para tomar medidas que ponham fim à violência na Síria.
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Estados Unidos, França e Reino Unido querem que seja adaptado um projecto de resolução que exija a saída de Bashar Al-Assad, mas a Rússia continua a travar esta intenção.
Assim, a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas promete ser longa. O braço-de-ferro com Moscovo mantém-se, porque a Rússia tem direito de veto e na véspera deste encontro reafirmou a sua oposição a este projecto, não cedendo aos apelos de Hillary Clinton, William Hague e Alain Juppé.
Na segunda-feira, os mais altos responsáveis dos membros permanentes do Conselho de Segurança desdobraram-se em declarações públicas, afirmando que a violência na Síria tem de parar.
Nos bastidores, Washington tenta convencer Moscovo. Um alto funcionário da administração norte-americana referiu, em declarações à agência Reuters, que os Estados Unidos estão a convencer a Rússia que não vale a pena continuar a investir no regime sírio, porque Bashar Al-Assad está a cair do poder.
Ainda de acordo com a Reuters, o texto do projecto de resolução pede o afastamento imediato do presidente, seguindo-se um período de transição política para um regime democrático.
Uma possível intervenção militar, semelhante à que se realizou na Líbia, não parece fazer parte dos planos do Conselho de Segurança, nem sequer a adopção de sanções contra Damasco.
Portugal, enquanto membro não permanente do Conselho de Segurança, vai estar representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.