A organização das Nações Unidas para as crianças, UNICEF, condenou hoje a morte de dezenas de crianças na semana passada na Síria em massacres conduzidos por todas as fações envolvidas na guerra civil naquele país.
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«Uma série de informações vindas da Síria indica que as crianças estão a pagar um preço terrível» no conflito que opõe o regime do presidente Bashar al-Assad aos rebeldes que o querem derrubar.
A diretora regional da UNICEF para o Médio Oriente e Norte de África, Maria Calvitis, referiu que há testemunhos de massacres na aldeia de Hasaiwa, nos arredores da cidade de Homs, em que «famílias inteiras morreram em circunstâncias horríveis».
«A UNICEF condena fortemente estes acontecimentos e apela mais uma vez a todas as partes para que garantam que os civis, especialmente as crianças, são poupados neste conflito», afirmou.
Na semana passada, o Observatório dos Direitos Humanos sírio relatou crianças mortas todos os dias, salientando que a passada segunda-feira foi um dia especialmente sangrento, com 31 crianças mortas por todo o país.
Na terça-feira o regime e os rebeldes acusaram-se mutuamente pelos atentados bombistas na universidade de Aleppo, em que morreram 87 pessoas, incluindo muitos estudantes. No mesmo dia, cerca de 100 civis, incluindo mulheres e crianças, foram mortas em operações militares na província de Homs, no centro do país.
Um ataque aéreo no sul da capital, Damasco, provocou a morte de sete raparigas, acrescentou o Observatório, que conta com informações prestadas por uma rede de ativistas e pessoal médico.
Desde o início do conflito, em março de 2011, o Observatório contabilizou 3583 crianças e 2031 mulheres mortas.