O sismo foi seguido, alguns minutos depois, por vários tremores secundários. O Ministério dos Negócios Estrangeiros não tem até ao momento qualquer informação de vítimas portuguesas na Albânia. Há oito portugueses recenseados naquele país.
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Pelo menos 16 pessoas morreram e 600 ficaram feridas na sequência de um sismo de magnitude 6,4 na escala de Richter que tingiu esta madrugada a Albânia, anunciou o Ministério da Defesa do país. O presidente da Albânia, Ilir Meta, afirmou que a situação na cidade de Thumane, mais próxima do epicentro, é "muito dramática" e que estão a ser feitos todos os esforços para tirar as pessoas dos escombros.
A porta-voz do ministério da Defesa, Albana Qehajaj, disse que dois corpos foram retirados de um prédio que desmoronou na cidade portuária de Durres, a 33 quilómetros da capital Tirana e que um homem de 50 anos morreu ao atirar-se de um prédio, em pânico, na cidade albanesa de Kurbin.
As vítimas encontradas até agora pelas equipas de resgate estavam em Durres, uma cidade costeira localizada a 40 quilómetros da capital e que foi mais próxima do epicentro do sismo, mas também em Thumana e Kurbin, duas pequenas cidades ao norte de Tirana, disse a ministra da Defesa, Olta Xhacka.
A maioria das vítimas morreu quando os prédios onde estavam desabaram na sequência do terramoto. Além disso, um homem morreu em Kurbin ao atirar-se da varanda de sua casa quando ia ser resgatado e outro perdeu o controlo do carro.
Entre as vítimas, conta-se uma menina de dez anos encontrada sem vida sob os escombros de um prédio em Durres e um jovem de Thumana que acabara de sair da prisão.
Segundo as autoridades de saúde da Albânia, cerca de 600 pessoas receberam assistência médica nos hospitais de Tirana, Durres, Kruja, Kurbin e Lezha, sendo que três estão em estado grave e um deles já foi operado.
As equipas de resgate conseguiram, até agora, resgatar 28 pessoas dos escombros. A ministra apelou aos cidadãos para que não viajem nos seus carros particulares, para evitar bloquearem o tráfego e a passagem de ambulâncias.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros não tem até ao momento qualquer informação de vítimas portuguesas na Albânia. Há oito portugueses recenseados naquele país.
Atualmente, 400 membros das Forças Armadas estão no terreno e todo o Exército está em alerta. Olta Xhacka indicou que os trabalhos de resgate estão a ser particularmente complicados, porque a remoção dos escombros está a ser realizada em prédios que ainda estão parcialmente de pé, mas em risco de colapso.
"A situação é de uma dimensão tal que qualquer país teria dificuldade em enfrentá-la sozinho", referiu Xhacka. O primeiro-ministro albanês, Edi Rama, anunciou que forças de França, da Itália, da Grécia, da Sérvia, do Montenegro e de Kosovo se juntarão, em breve, às equipas locais.
O sismo foi sentido às 2h54 (1h54 em Lisboa) e os moradores de Tirana, em pânico, saíram às ruas, informou um correspondente da agência de notícias France-Presse.
O epicentro foi registado no Mar Adriático, a 34 quilómetros a noroeste da capital do país, Tirana, a uma profundidade de 10 quilómetros, de acordo com o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico.
Um hotel de três andares em Durres, uma das mais importantes cidades do país, desabou enquanto outro prédio no centro da cidade ficou seriamente danificado. Pelo menos três prédios de apartamentos e a estação de distribuição de energia foram danificados em Thumane. Este sismo foi seguido alguns minutos depois por vários tremores secundários, incluindo um de magnitude 5,3, segundo o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico.
* Atualizado às 14h03