Depois do relato de tiros para o ar por parte da polícia durante a manifestação da UNITA, o jornalista Alexandre Neto, da Rádio Voz da América, contou à TSF que está agora tudo mais calmo.
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Pela manhã, elementos de Polícia de Intervenção Rápida de Angola efetuaram disparos para o ar para impedir o porta-voz da UNITA de prestar declarações à imprensa estrangeira.
Alcides Takala estava a descrever a agência Lusa, Reuters e AGI (de Itália) a forma como foram utilizadas granadas de gás lacrimogéneo por volta das 09:00 (08:00 em Lisboa) no início da concentração para a manifestação do maior partido da oposição de Angola.
Foram ainda arremessadas granadas de gás lacrimogéneo enquanto o porta-voz da UNITA falava com a imprensa estrangeira.
Também durante a madrugada, o segundo maior partido da oposição, a Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), denunciou a morte de um jovem que estava a colar cartazes, mas a policia angolana não confirma a morte do jovem, remetendo para declarações mais tarde.
Esta tarde, um dos vice-presidentes do (CASA-CE) disse à agência Lusa que menos 126 dirigentes nacionais e militantes do partido continuam detidos em várias esquadras de Luanda.
A manifestação da UNITA foi proibida durante a noite de sexta-feira pelo Ministério do Interior, que, em comunicado lido no principal serviço noticioso da Televisão Pública de Angola, justificou a medida com a necessidade de prevenir a eclosão de «fatores de conflitualidade perturbadores da ordem, segurança e tranquilidade públicas e até mesmo da segurança interna».