Mais de cem diplomatas russos receberam ordem para regressar aos seus países na sequência o caso Skripal.
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O chefe da diplomacia russa afirmou esta terça-feira que a ação concertada de duas dezenas de países de ocidentais de expulsão de diplomatas russos em resposta ao caso Skripal é "o resultado de pressões colossais" dos Estados Unidos.
"Quando se pede a um ou dois diplomatas para abandonarem este ou aquele país, ao mesmo tempo que se murmuram desculpas ao ouvido, sabemos precisamente que é o resultado de pressões colossais, de uma chantagem colossal que é, infelizmente, a principal arma de Washington na cena internacional", disse Serguei Lavrov numa conferência de imprensa em Tashkent transmitida pela televisão russa.
Vinte e três países, 16 dos quais membros da União Europeia (UE), anunciaram a expulsão de mais de 100 diplomatas russos, numa ação concertada de resposta ao envenenamento de um ex-espião russo, Serguei Skripal, em Salisbury, na Inglaterra.
Os Estados Unidos lideram destacados as medidas de retaliação, com 60 diplomatas expulsos e uma ordem de encerramento do consulado russo em Seattle.
"Vamos responder, não duvidem! Ninguém pode tolerar uma grosseria destas e nós também não", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Lavrov está em Tashkent, capital do Uzbequistão, para uma conferência internacional sobre o Afeganistão.