O Governo do Equador anunciou que o ex-consultor dos serviços secretos norte-americanos, Edward Snowden, acusado de espionagem pelos Estados Unidos, pediu asilo político ao país.
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«O Governo do Equador recebeu um pedido de asilo de Edward Snowden», declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros equatoriano, Ricardo Patino, na conta na rede social Twitter.
Patino, em visita oficial ao Vietname, não forneceu mais informações sobre o pedido feito às autoridades do Equador.
Snowden, de 30 anos, deixou hoje Hong Kong, onde se tinha refugiado, tendo chegado a Moscovo, num voo da transportadora russa Aeroflot.
Órgãos de informação russos indicaram que Snowden podia estar em trânsito com destino a Caracas, através de Havana.
O portal WikiLeaks afirmou, em comunicado, que o destino de «Snowden era a República do Equador», mas o ex-consultor da CIA desapareceu à chegada a Moscovo e não estava entre os passageiros que passaram pelo controlo de passaportes no terminal F, do aeroporto de Moscovo-Cheremetievo, de acordo com uma jornalista da agência noticiosa francesa AFP.
Jornalistas da AFP viram uma viatura diplomática com bandeira equatoriana em frente ao terminal.
Quito concedeu asilo político ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, procurado pelos Estados Unidos da América por ter divulgado milhares de documentos secretos. O australiano está refugiado desde junho do ano passado na embaixada do Equador em Londres.
Nos últimos dias, Assange declarou publicamente o seu apoio a Edward Snowden e pediu a um «país corajoso» para aceitar conceder asilo ao ex-consultor da CIA.