O membro da Sociedade Civil Catalã e ex-assessor de segurança pública disse que prevê problemas nas ruas no próximo domingo porque a Generalitat aqueceu os ânimos.
Corpo do artigo
A Sociedade Civil Catalã (SCC) questionou a capacidade dos Mossos d'Esquadra de manterem a ordem pública no referendo, argumentando que não possuem experiência profissional, algo "muito visível na rua", e considerou que são um corpo "muito politizado".
O membro da SCC e ex-assessor de segurança pública em várias administrações, Javier Marín, disse que prevê problemas nas ruas no próximo domingo porque a Generalitat aqueceu os ânimos.
As declarações ocorreram numa sessão aberta ao público convocada para falar sobre a segurança na Catalunha, durante a qual, em alguns momentos, os participantes aplaudiram a Guardia Civil.
Marín também elogiou a Guardia Civil afirmando que para esse órgão é claro que "acima da lei não há nada".
As autoridades catalãs estão decididas a realizar um referendo sobre a independência da Catalunha no domingo, que foi considerado ilegal pelos tribunais espanhóis. O Governo central decidiu proibir este ato, mesmo que isso signifique bloquear o acesso aos locais de voto.
A Comissão Europeia reiterou nas últimas semanas que considera a questão como uma questão de política interna espanhola.
Numa das poucas intervenções sobre o assunto, a 14 de setembro passado, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, preveniu que iria considerar "as decisões do Tribunal Constitucional espanhol e do parlamento espanhol" antes de reconhecer uma declaração de independência da Catalunha, e lembrou que se a Catalunha porventura se tornasse independente então ficaria fora da União e teria de se candidatar à adesão.
"A Comissão (presidida por Romano) Prodi, a Comissão (de José Manuel Durão) Barroso e a minha sempre dissemos que, sobre esta matéria, iríamos continuar a respeitar as decisões do Tribunal Constitucional espanhol e do Parlamento espanhol", frisou.
Entre os Governos da UE, várias capitais não esconderam algum desconforto com a detenção de vários altos responsáveis do governo regional catalão, mas são vários os Estados-membros que, acima de tudo, não querem é que se abra um precedente que poderia ter um efeito de contágio independentista, incluindo nos seus países.