O sargento Calvin Gibbs, líder de um grupo de soldados americanos acusados da execução de três civis afegãos em 2010, foi condenado a prisão perpétua por um tribunal marcial de Estado.
Corpo do artigo
O sargento, de 26 anos, foi considerado culpado da prática de 15 crimes, entre os quais o homicídio premeditado de três afegãos.
O júri militar, composto por cinco membros, esteve reunido durante cinco horas antes de ler o veredicto.
O soldado poderá requerer a liberdade condicional depois de cumprir dez anos de prisão, decidiu o tribunal.
Este processo iniciou-se a 28 de Outubro na base militar de Lewis-McChord, no sul de Seattle.
Segundo a acusação, o jovem era o líder de um grupo de cinco soldados americanos que desenvolveram, para se divertir, "cenários" para executar os civis afegãos no início de 2010 na província de Kandahar, no sul do Afeganistão.
Os soldados terão cortado partes do corpo dos civis afegãos e tirado fotografias. Durante o seu testemunho, o sargento Gibbs reconheceu ter cortado dedos dos cadáveres, descritos pelo procurador como "troféus", mas alegou que as execuções ocorreram durante um ataque ao inimigo.
Dos cinco soldados implicados, três já foram declarados culpados e condenados a penas entre três e 24 anos de prisão. O quinto, Michael Wagnon, aguarda julgamento.