No Rio de Janeiro, um dos atrativos da maior festa do universo é o calor de manhã à noite. Um atrativo que tem, no entanto, um reverso da medalha
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O Carnaval carioca é uma festa inesquecível. Máscaras, fantasias, foliões, animação, bebidas, paixões e calor tudo em doses adequadamente excessivas. O último daqueles ingredientes, porém, o calor, tem o reverso da medalha: o "cê cê", como se diz no Brasil, ou seja, o cheiro de corpo.
Com isso em mente, Edimar Nobre, de 32 anos, jovem empresário com muito olfato para o negócio, passou a vender jatos de spray de desodorizante nas axilas por dois reais cada. E ganhar uma boa grana, enquanto se diverte.
Contou ele ao jornal O Globo que, para se prevenir do tal "cê cê" num carnaval passado, lembrou-se de comprar um desodorizante numa farmácia a meio do caminho. Os amigos e conhecidos que passavam por ele acharam graça à ideia e começaram a pedir emprestado. Com o tal faro apurado para fazer dinheiro, Nobre passou a juntar o útil - os reais - ao agradável - o cheiro renovado, o seu e o dos amigos à sua volta, nos carnavais seguintes.
E o bloco de Carnaval do empresário tem nome adequado: Sovaco de Cristo.
O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras no site da Rádio a crónica Acontece no Brasil.