Stoltenberg: “Não é uma questão de se, mas de quando: a Ucrânia vai aderir à NATO”
Líder da NATO admite que “a situação no campo de batalha permanece extremamente grave”.
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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considera que a Ucrânia está cada vez mais perto da adesão à Aliança Atlântica. A falar em Bruxelas, numa mensagem a assinalar a passagem dos dois anos desde a invasão russa, Stoltenberg afirma que já não se trata de uma questão de “se”, mas sim de “quando” vai a Ucrânia tornar-se um dos aliados.
Por agora, admite que situação no terreno “permanece extremamente grave”, embora destaque que, “ao contrário do que muitos temiam”, a Ucrânia “não colapsou em semanas”.
“Recuperaram metade do território apreendido pela Rússia; empurraram a Rússia para longe de grandes partes do Mar Negro; e infligiram pesadas perdas às forças russas”, enumerou o secretário-geral da NATO, destacando que “acima de tudo, a Ucrânia mantém a sua liberdade e independência”.
No entanto, Jens Stoltenberg admite que as condições não são favoráveis a Kiev e “a situação no campo de batalha permanece extremamente grave”. Além disto, “o objetivo do Presidente Putin de dominar a Ucrânia não mudou e não há indicações de que ele esteja a preparar-se para a paz”.
O secretário-geral da NATO lembra que desde o início da guerra os membros da NATO entregaram “largos milhares de milhões de euros” em equipamento para a Ucrânia e considera que Kiev e agora uma capital cada vez mais próxima da Aliança Atlântica.
“Estamos a ajudar a tornar as tropas [ucranianas] cada vez mais interoperáveis com os aliados. Vamos abrir juntos um novo Centro de Análise, Formação e Educação Conjunta na Polónia”, destacou, acrescentando que estão também a ser “aprofundados os laços políticos através do Conselho NATO-Ucrânia, onde consultamos e tomamos decisões em conjunto”.
Os novos pacotes de ajuda, anunciados nos últimos dias, “abrangem capacidades importantes como munições de artilharia, defesa aérea e embarcações de combate, assim como equipamentos e peças suplentes para F-16, drones e equipamentos de desminagem”, detalhou Stoltenberg assegurando que “mais apoio está a caminho”.
Nesta mensagem, em Bruxelas, Stoltenberg deixou aos Ucranianos: “A Ucrânia vai aderir à NATO. Não é uma questão de se, mas de quando. Enquanto vos preparamos para esse dia, a NATO continuará a apoiar a Ucrânia, pela vossa segurança e pela nossa.”