Jens Stoltenberg acredita que "as coisas estão a avançar na direção certa" nos contratos com a indústria para reposição de munições.
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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, saudou esta quarta-feira os contributos dos aliados no apoio à Ucrânia, numa altura em que identifica uma "janela de oportunidade" para desequilibrar a guerra a favor do país.
"Saúdo as novas promessas de apoio feitas pelos aliados da NATO, incluindo mais armas pesadas e treino militar", afirmou Stoltenberg, referindo-se à ajuda "fundamental", numa altura em que considera que "a Ucrânia tem uma janela de oportunidade para fazer pender o equilíbrio, e o tempo é essencial".
Na reunião que juntou na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas, representantes dos 54 membros do grupo de contacto para a Ucrânia, o secretário-geral da NATO destacou ainda o apoio prestado pelos aliados noutras frentes, através do "pacote de assistência abrangente" que tem permitido "entregar à Ucrânia alimentos, combustível, material médico, sistemas de antidrone e pontes anfíbias".
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Em relação à escassez de munições que a Ucrânia enfrenta, Stoltenberg disse que o problema já está a ser abordado, tendo sido "convocadas reuniões com a indústria de Defesa".
"Vemos que as coisas estão de facto a avançar na direção certa", numa altura em que "os Estados Unidos [e] a França assinaram contratos, mas também outros aliados", afirmou Jens Stoltenberg, dando os exemplos da "Alemanha [e] Noruega".
"Também há outros [Estados] que já assinaram contratos com a indústria de Defesa", acrescentou, sem nomear, expressando a convicção que "isto significa que a produção está agora a aumentar".
A ministra da Defesa, Helena Carreiras expressou o apoio de Portugal "na medida das suas capacidades, em função daquilo que tenham sido os pedidos da Ucrânia".
"Pude anunciar aqui o mais importante pacote de apoio militar que Portugal deu à Ucrânia, que inclui, como se sabe, os três carros de combate Leopard 2A6, que são cedidos no quadro de um plano que prevê também a reposição das nossas capacidades, a reparação dos nossos carros de combate", afirmou a ministra.
"Isso é muito importante porque permite que continuemos a cumprir os nossos compromissos internacionais e que com esta ajuda não fiquemos sem as nossas capacidades", frisou Helena Carreiras.