O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, alcançou hoje um acordo confidencial para encerrar o processo civil aberto por uma empregada de um hotel de Nova Iorque que o acusou de violação, divulgou o juiz.
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«Há cerca de 10 minutos, chegámos a um acordo», anunciou o juiz Douglas McKeon, no início da audiência no tribunal do Bronx, Nova Iorque, precisando que os termos do acordo são «confidenciais».
No passado dia 30 de novembro, o jornal Le Monde noticiou que o antigo diretor do FMI ia pagar «seis milhões de dólares» à empregada de hotel, Nafissatou Diallo, nos termos de um acordo amigável para evitar um processo judicial.
Os advogados de Strauss-Kahn desmentiram então a notícia e qualificaram de «fantasistas e erradas» as informações.
O diário New York Times noticiou, no mesmo dia, que Dominique Strauss-Kahn e Diallo tinham chegado a acordo para pôr fim a uma saga judicial de 18 meses.
Nafissatou Diallo, de 33 anos, apresentou uma queixa civil contra Strauss-Kahn a 8 de agosto de 2011. A empregada de limpeza acusou o ex-diretor do FMI de a ter obrigado a fazer sexo oral numa suite do hotel Sofitel, em Nova Iorque, a 14 de maio desse ano.
Dominique Strauss-Kahn, de 63 anos, admitiu ter mantido uma «relação sexual inapropriada» com Diallo, mas assegurou que foi consensual.
Uma queixa penal foi arquivada a 23 de agosto de 2011, depois de a acusação ter considerado haver dúvidas quanto à credibilidade da queixosa, devido a várias declarações falsas que fez sobre alguns aspetos da sua vida.
O caso obrigou Dominique Strauss-Kahn a demitir-se da chefia do FMI, a 18 de maio de 2011, e pôs fim às suas ambições presidenciais em França.