Os números são do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que denunciam uma escalada de violência no país.
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Cerca de 60.000 pessoas fugiram do Sul do Sudão desde que a violência no país aumentou, nas últimas três semanas. O principal destino é o Uganda, onde o fluxo na fronteira duplicou nos últimos 10 dias.
Numa conferência em Genebra, a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados disse que os refugiados que chegam têm relatado situações preocupantes. "Há grupos armados nas estradas para Uganda que estão a impedir as pessoas de fugir".
"Os grupos armados estão a saquear aldeias, a assassinar civis e recrutar de forma forçada crianças e jovens", denunciou Melissa Fleming.
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O Sudão do Sul é o país mais recente do mundo, com a independência conquistada a 9 de julho de 2011, depois de um referendo.
Em dezembro de 2013, o país mergulhou numa guerra civil, colocando em lados opostos o presidente Salva Kiir e o vice-presidente Riek Machar.
Apesar do acordo de paz assinado em agosto de 2015, este ano, na véspera do quinto aniversário da independência, os confrontos intensificaram-se. Em Juba, a capital do país, centenas de pessoas morreram.
Na sexta-feira passada, o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu prolongar até 12 de agosto a missão da ONU no Sudão do Sul para ter mais tempo para negociar um eventual reforço da mesma.