No mais novo país do mundo, há perto de 4 milhões de pessoas em risco de não ter o que comer. O Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, diz que a guerra agrava todos os dias a situação.
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Em 2011 a esperança era muita. Mais de 98% dos eleitores que votaram no referendo aprovaram a independência do Sudão do Sul, o mais novo país do mundo. Pouco depois, um confito entre o Presidente e o Vice-Presidente deu início a uma guerra civil que não tem dado hipóteses aos cidadãos.
Esta semana, várias agências da ONU avisaram que há quase 4 milhões de pessoas em risco de fome extrema. George Fomynien, do Programa Alimentar Mundial em Juba, capital do país, diz que os combates ajudam a agravar a situação.
"Desde há dois anos que vivemos um conflito em diversas partes do país e isso dificultou a vida às pessoas que vivem nessas zonas,". Acrescenta este responsável que "não conseguem produzir tanta comida como antes faziam, porque, por diversas vezes, foram forçados a fugir de um lado para o outro, por causa dos combates."
A situação no país é grave, economicamente muito dificil, o que fez aumentar os preços e muitas pessoas deixaram de ter acesso aos bens alimentares de que precisam, sublinha o PAM.
George Fomynien pede à comunidade internacional que, perante outras crises, não se esqueça do Sudão do Sul, sublinhando que, se os donativos falharem, a situação pode transformar-se numa catástrofe, agravando a situação dos mais fracos.
Por esta altura, há 10 por cento da população que já não tem acesso à comida. Quando esse valor chegar aos 20 por cento, a ONU decreta uma situação de fome extrema.