Amnistia Internacional sublinha "a pequena vitória da sociedade civil".
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O sultão do Brunei recuou na decisão de punir com pena de morte os homossexuais. A medida que seria inscrita na legislação do país do sudeste asiático foi suspensa temporariamente face à pressão internacional, informou Hassanal Bolkiah.
"Estou ciente de que há muitas dúvidas e percepções equivocadas em relação à implementação da lei. No entanto, acreditamos que, depois das dúvidas serem esclarecidas, o mérito da lei será evidente", disse o sultão num discurso antes do início do Ramadão, o mês sagrado para os muçulmanos.
Em declarações à TSF, a Amnistia Internacional considera que esta é para já uma pequena vitória da sociedade civil.
"É uma pequena vitória porque o sultão no seu discurso disse que a lei iria ser mais tarde útil por si própria. Portanto, não está ainda convencido da injustiça que a lei representa, quer para pena de morte quer para os outros castigos corporais", considerou Pedro Neto, que sublinhou que a lei é "desumana".
A implementação da lei, que as Nações Unidas, grupos de direitos humanos e celebridades como George Clooney e Elton John condenaram, provocou um boicote geral aos hotéis de que o sultão é proprietário, em Londres ou Los Angeles.
Várias multinacionais já proibiram o uso das unidades hoteleiras, enquanto algumas empresas de viagens deixaram de promover o Brunei como destino turístico.