Este tribunal vai avaliar dois recursos, um dos quais referente à intenção do fisco dos EUA querer cobrar imposto a uma mulher que herdou um imóvel da sua ex-companheira, com quem esta mulher se tinha casado legalmente no Canadá.
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O Supremo Tribunal dos EUA decidiu avaliar dois casos relacionados com o casamento de pessoas do mesmo sexo, uma reflexão que poderá determinar a legalização deste tipo de casamento em todo o país.
Este tribunal vai avaliar dois recursos, um dos quais relacionado com o facto de as finanças norte-americanas quererem cobrar um imposto a uma mulher que se tinha casado legalmente com uma outra mulher no Canadá.
Num país onde não há benefícios fiscais para casamentos do mesmo sexo, o fisco dos EUA pretende que esta mulher pague imposto sobre um imóvel herdado da sua companheira, que entretanto faleceu.
Este caso questiona a constitucionalidade da lei federal, que define o casamento como uma união entre um homem e uma mulher.
Desta forma, o Supremo norte-americano vai pronunciar-se pela primeira vez sobre a legalidade do casamento gay ao esclarecer se esta lei fere ou não a Quinta Emenda sobre a Igualdade de Direitos.
Este tribunal vai ainda analisar o caso relacionado com o facto de a Califórnia ter proibido estas uniões, que estão legalizadas em nove Estados dos EUA.
O Supremo vai analisar um recurso dos defensores da chamada Proposta 8, uma emenda que declara ilegais os casais gay e que foi aprovada num referendo há quatro anos pouco depois de a Califórnia ter legalizado estas uniões.
Em 2010, um tribunal de apelo declarou inconstitucional esta proposta e por esta razão os defensores deste documento decidiram levar a questão ao Supremo norte-americano.