Esta segunda-feira foi conhecida a condenação dos principais políticos catalães independentistas.
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O Supremo Tribunal de Espanha emitiu, esta segunda-feira, um mandado de detenção europeu para Carles Puigdemont, o antigo líder do governo regional da Catalunha, após ter sido conhecida a condenação dos principais políticos catalães independentistas.
O ex-presidente da Generalitat foi a grande ausência do julgamento que esta segunda-feira condenou os líderes independentistas a sentenças que vão dos 9 aos 13 anos de prisão. Puigdemont fugiu para a Bélgica antes de ser constituído arguido no caso.
Em julho de 2018, o Supremo Tribunal espanhol retirou o mandado de detenção a Carles Puigdemont depois de a Alemanha se ter recusado a extraditá-lo.
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Em declarações à TSF, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Regional da Catalunha, Alfred Bosch, considerou que é um grande erro esta decisão do Supremo Tribunal.
"Pessoas como o Puigdemont viveram até agora como cidadãos livres na Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Dinamarca, Suíça e apenas em Espanha é que são perseguidos como políticos. É um problema dos tribunais espanhóis que são diferentes de todos os outros na Europa", afirmou Alfred Bosch.
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Para Ricardo Alexandre, editor de política internacional da TSF, a crispação em Espanha vai aumentar a partir desta segunda-feira, a menos de um mês das eleições.
"Esta decisão do Supremo vai ter certamente impacto na forma como se vai desenvolver a campanha eleitoral até às eleições de 10 de novembro. Haverá maior crispação ainda do que aquela que tem caracterizado nos últimos anos a política espanhola e muita polarização na Catalunha, entre o espanholismo e o independentismo", explicou Ricardo Alexandre.
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Notícia atualizada às 15h02