Os quatro homens, detidos na sexta-feira, foram ouvidos em tribunal este sábado e, após um pedido do Ministério Publico húngaro, o tribunal decidiu que vão continuar detidos enquanto decorrem as investigações.
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Os quatro suspeitos da morte de 71 migrantes, encontrados na quinta-feira num camião abandonado no leste da Áustria, foram hoje ouvidos num tribunal de Kecskermét, na Hungria, e vão ficar detidos pelo menos por mais um mês.
Segundo a estação de televisão britânica BBC, a lei húngara prevê que os suspeitos fiquem sob custódia num máximo de 72 horas mas o Ministério Público pediu que os quatro homens - três búlgaros e um afegão - permaneçam sob custódia devido à "natureza excecional do crime, as subsequentes mortes de pessoas no tráfico de seres humanos e a perpetração do ato criminoso de traficar pessoas de forma profissional".
O tribunal decidiu a favor do pedido dos procuradores pelo que os quatro homens vão ficar detidos durante um mês enquanto decorrem as investigações do caso.
Os quatro suspeitos -- dois deles com idades a rondar os 30 anos e os outros com cerca de 50 anos -- foram transportados em carros separados até ao palácio de justiça de Kecskermét, a cerca de 90 quilómetros a sul de Budapeste, de acordo com Associated Press.
De acordo com a polícia austríaca, estes quatro homens serão apenas elementos operacionais "de um grupo búlgaro e húngaro de tráfico de seres humanos".
Segundo os primeiros elementos da investigação, as 71 vítimas -- 59 homens, oito mulheres e quatro crianças -- eram possivelmente migrantes sírios e terão morrido asfixiadas.
Os corpos foram encontrados no interior de um camião abandonado numa autoestrada no leste da Áustria. O camião era oriundo da Hungria.