Na Austrália, os fogos continuam por controlar. Uma petição para travar o tradicional espetáculo de pirotecnia, que marca a passagem de ano, já tem mais de 260 mil assinaturas.
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Sydney, na Austrália, continua a ser vitimada pelos fogos. O fumo intenso preocupa a população, e as autoridades aconselham mesmo a permanecer em casa. Ouvido pela TSF, Pedro Barroso, um professor português na cidade australiana, relata aquela que diz ser uma situação "estranha" e perigosa.
A maior preocupação prende-se "com o fumo", já que "incomoda muito, e altera mesmo a cor do céu", conforme conta o português. "O sol tem uma cor diferente. Parece um daqueles filtros de luz que se usava nos filmes antigos; é algo estranho."
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Em caso de "problemas respiratórios", é por isso "aconselhável que fiquem dentro de casa, ou, se tiverem mesmo de sair à rua, as pessoas com alergias devem usar máscaras".
Pedro Barroso relata que tem visto "pessoas, nos dias de fumo mais intenso, com máscaras na rua, porque é difícil respirar", e que, em cinco anos de residência no país, nunca viu "um fenómeno parecido".
"Há dias em que o fumo é tal que o centro da cidade cheira como se estivéssemos numa lareira", aponta.
O país tem-se mobilizado para o combate às chamas. "As crianças brincam com fontes de água nos parques, e estão a restringir isso. Ainda há pouco tempo fomos a um parque infantil, em que as fontes estavam com um sinal temporário devido às restrições de água de nível dois, para que haja mais água disponível para o combate aos incêndios."
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Pedro Barroso dá ainda conta de "voluntários que estão a ir para a luta contra os fogos".
Uma petição para travar o tradicional espetáculo de pirotecnia, que marca a passagem de ano, já tem mais de 260 mil assinaturas. O professor português acredita que esta pode ser uma medida sensata. "Prescindir dos fogos-de-artifício, se é algo que as autoridades decidiram, não é algo a a que me oponha."