"Talvez seja prematuro." Rangel confirma que Portugal "alinhará" no apoio à Ucrânia, mas recusa adiantar valores
À TSF, o ministro dos Negócios Estrangeiros garante que Portugal está "em total sintonia com as instituições europeias e com a França e o Reino Unido"
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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, confirmou esta segunda-feira que Portugal irá alinhar com os outros países europeus em mais um pacote de apoio à Ucrânia, mas rejeita adiantar o valor com que vai contribuir.
"Portugal alinhará por uma solução de apoio à Ucrânia em linha com aquilo que, aliás, nas conversações que tivemos agora com o Presidente Macron, quando ele visitou na quinta e na sexta-feira, fez a sua visita de Estado também ao nosso país, na linha do que temos vindo a falar com muitos dos nossos parceiros, com as instituições europeias, que temos vindo a defender seja no quadro da NATO, seja no quadro do Coreper, isto é, do Comité de Representantes Permanentes dos Governos dos Estados-Membros da União Europeia", disse o ministro à TSF.
Paulo Rangel considera que "talvez seja prematuro estar a fixar um número em montantes e até o tipo de ajuda que será dado, porque isso vai depender muito daquela que será o conjunto de soluções, de programas, que vão ser debatidos na próxima quinta-feira", na reunião extraordinária do Conselho Europeu.
O Público noticiou esta segunda-feira que Portugal irá contribuir com 300 milhões de euros num pacote de apoio militar a Kiev que está a ser elaborado no quadro da União Europeia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros assegura que Portugal irá dar total apoio ao plano que irá ser definido pelo Reino Unido e pela França.
"Nós aqui estamos em total sintonia com as instituições europeias e com a França e o Reino Unido que estão a preparar e estão a conduzir este processo, o que, temos que compreender, tem a ver também com a sua capacidade militar. São as únicas potências europeias com capacidade dissuasão nuclear. O Reino Unido está fora da União Europeia e, de alguma maneira, está a pilotar, se quisermos assim, os países da NATO que não são da União Europeia. Há o caso do Canadá, o caso da Noruega, o caso da Turquia em particular, está, no fundo, a fazer isso também. O Presidente Macron está a, como vimos com as várias diligências que têm feito, a também liderar de uma forma mais informal o esforço com os países da União Europeia", explica Paulo Rangel.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou esta segunda-feira aos países europeus para apoiarem o Reino Unido e a França no sentido de serem alcançadas garantias de segurança antes do início das eventuais conversações de paz com a Rússia.