Faz hoje precisamente 40 anos que os tanques da União Soviética esmagaram os ventos de mudança da Primavera de Praga, liderada por intelectuais reformistas do Partido Comunista da Checoslováquia, onde se destacou Alexander Dubcek.
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Foram oito meses de uma brisa liberal, apoiada pela população, um período de abertura e esperança para todos os checos.
A nova direcção do Partido Comunista da Checoslováquia, chefiada por Alexander Dubcek, tornou pública uma série de reformas democráticas que alargavam as liberdades políticas e sociais no país.
Nesta altura foi também determinada a federalização da Checoslováquia em duas repúblicas distintas. Essa, aliás, foi a única reforma da Primavera de Praga que sobreviveu.
O objectivo de Alexander Dubcek era remover todos os vestígios de despotismo, que considerava uma aberração do sistema socialista imposto ao país pela URSS, após a Segunda Guerra Mundial (1941-1945).
Perante as mudanças, a Rússia enviou tanques e tropas de países do Pacto de Varsóvia para acabar com essa ameaça à hegemonia política da União Soviética.
Na noite de 20 para 21 de Agosto de 1968 sete mil tanques entraram na Checoslováquia. O exército desmobilizou por ordem do poder, mas o povo continuou a lutar.
O primeiro-ministro Ducchek foi preso, assim como outros dirigentes checos. No conflito morreram 72 checoslovacos.