Há cada vez mais brasileiros a favor de um "impeachment". A atual presidente tem a pior taxa de aprovação de sempre, fixada em 8%. Numa sondagem da Datafolha, os que dizem que a sua administração é "má ou péssima" batem recordes.
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A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, teve 71 por cento de reprovação numa sondagem realizada pelo Datafolha. Um valor que não para de crescer e já supera as taxas registadas pelo ex-presidente Fernando Collor na véspera do seu afastamento do governo. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, na sondagem anterior, realizada na terceira semana de junho, 65% dos entrevistados diziam que o governo Dilma era "ruim ou péssimo".
O grupo dos que consideram a atuação da Presidente (do Partido dos Trabalhadores/PT) ótima ou boa teve uma queda. Em junho, 10% dos entrevistados pelo Datafolha mantinham essa opinião e agora são 08% por cento.
O cenário piorou para a presidente Dilma também no que diz respeito a um eventual pedido de "impeachment" (afastamento do governo).
Questionados se o Congresso deveria abrir um procedimento formal de afastamento, o "impeachment", 66% dos entrevistados disseram que sim mais do que, na pesquisa anterior, realizada em abril, quando eram 63 por cento as pessoas com esta opinião.
O ex-presidente Fernando Collor de Mello era, até agora, o recordista de impopularidade na série do Datafolha, com 9% de aprovação e 68% de reprovação à véspera de seu afastamento do governo (do processo de "impeachment"), em setembro de 1992.
A pesquisa de opinião realizada pelo Datafolha foi feita entre terça e quarta-feira, com 3.358 entrevistados em 201 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.