Tensão a escalar. AstraZeneca volta atrás e aceita reunião com UE sobre vacinas atrasadas
Farmacêutica diz não estar contratualmente obrigada a abastecer a União Europeia de vacinas contra a Covid-19.
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A AstraZeneca recusou-se, esta quarta-feira, a marcar presença numa reunião agendada pela União Europeia (UE), que exige explicações sobre os planos da farmacêutica para cortar em 60% as entregas da vacina contra a Covid-19 em território europeu, no primeiro trimestre deste ano.
Entretanto, o ministro da Saúde da Áustria adiantou que a farmacêutica pediu o adiamento da reunião até quinta-feira, mas, de acordo com a agência Reuters, a Astrazeneca voltou atrás e afirmou que a reunião irá acontecer esta quarta-feira, como inicialmente programado.
Este é mais um passo na escalada da tensão entre a União Europeia e a farmacêutica, mediante a quebra do fabrico das vacinas encomendadas.
A informação surge depois de, esta terça-feira, o diretor executivo da AztraZeneca, Pascal Soriot, ter afirmado, numa entrevista ao jornal alemão Die Welt, que a empresa não estava sujeita a uma obrigação contratual para abastecer a União Europeia de vacinas contra a Covid-19. A farmacêutica ter-se-á apenas comprometido a "esforçar-se ao máximo" para conseguir entregar as vacinas, segundo Soriot, que acusa a União Europeia de estar a ser demasiado "emotiva" quanto à questão.
Em declarações ao Politico, a Comissão Europeia afirmou que a AstraZeneca tem, de facto, um acordo para se "esforçar ao máximo" para entregar as vacinas na União Europeia, mas que foi também assinado um acordo de compra antecipada que inclui a obrigação de a farmacêutica mostrar capacidade de produção para entregar as doses combinadas.
O presidente do comité comercial do Parlamento Europeu, Bernd Lange, já veio exigir que o contrato assinado entre a União Europeia e a AstraZeneca seja tornado público
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Notícia em atualização