Depois de ter sido chumbado em outubro, o executivo ainda não apresentou o programa de governo. Os prazos foram ultrapassados.
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Os partidos da oposição, que juntos têm a maioria no Parlamento de Díli, lembram que o executivo falhou pela segunda vez a apresentação do programa de governo e querem que a moção de censura apresentada esta segunda-feira no Parlamento seja votada ainda esta semana.
A aprovação de uma segunda moção de censura implica a queda do governo.
Numa declaração política em nome dos três partidos da oposição - CNRT, Partido Libertação Popular (PLP) e Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) - a Aliança da Maioria Parlamentar contesta o facto de o executivo ter apresentado ao parlamento uma proposta de Orçamento Retificativo sem antes ter apresentado pela segunda vez o programa do Governo.
O chefe da bancada da Fretilin, que lidera o Governo minoritário timorense, Francisco Branco, criticou a "política de má-fé" e a tentativa de "assalto ao poder" da oposição. Argumentou que a oposição está a ignorar a "mensagem clara" da população nas urnas, que quis "uma mudança do status quo".
Recorde-se que no dia 19 de outubro os deputados da oposição aprovaram uma moção de rejeição ao programa do governo insistindo que pela "interpretação paralela" e análoga da lei em vigor, o executivo tinha 30 dias para voltar a apresentar o programa.
Esse prazo, refere a declaração, foi ultrapassado no domingo e o governo não cumprir trazendo novamente ao parlamento o seu programa.