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Ao todo, 2.692 pessoas deixaram de ser funcionárias do Estado turco, ao abrigo do estado de emergência.
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As autoridades turcas demitiram mais de 2.300 polícias e mais de uma centena de oficiais militares por alegadas ligações à tentativa de golpe de Estado de 15 de julho, foi esta quarta-feira publicado no boletim oficial do Estado.
Ao todo, 2.692 pessoas deixaram de ser funcionárias do Estado turco. Desse total, 2.360 eram agentes policiais, 196 funcionários da Autoridade de Telecomunicações (BTK, sigla em turco) e 136 oficiais do exército, de sargentos a generais.
Até hoje, 4.897 pessoas tinham já sido afastadas dos cargos públicos que ocupavam, um número que incluía mais de três mil militares, disse o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, no sábado.
Mas o total de funcionários ou empregados do setor público que foram suspensos de funções e aguardam a revisão dos processos ultrapassa os 75 mil, indicou Yildirim.
Todos são suspeitos de manter ligações com o movimento do religioso turco Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos desde 1999, e que Ancara acusa de instigar a tentativa de golpe de Estado. Gulen negou as acusações das autoridades turcas.
Ao longo da última década, os membros ou simpatizantes do movimento de Gulen ocuparam numerosos cargos de relevo na administração, polícia e no poder judicial e, até há três anos, com o apoio do partido do governo, o AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento).
O governo considera o movimento de Gulen "uma organização terrorista