O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, confirma que há três embarcações em dificuldades no mar Mediterrâneo. Há um pequeno barco a 30 milhas da costa líbia com 100 a 150 pessoas a bordo e um barco maior com 300 pessoas.
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Numa conferência conjunta com o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, Renzi confirmou ainda a existência de um terceiro barco em dificuldades.
A Organização Internacional para as Migrações, a primeira instituição a dar o alerta, diz que serão 600 os ocupantes destes três barcos.
«Muitas vezes, quando estão perto da Líbia, os imigrantes começam a ligar à guarda costeira e às organizações humanitárias para dizer que estão em dificuldade.
Mas isto não significa que estejam numa condição de desespero e que o barco se esteja a afundar», sublinha Flavio Di Giacomo, dizendo que «é muito cedo» para se poder afirmar que o terceiro barco se trata também de um naufrágio.
Os meios de busca e salvamento foram reforçados.
Matteo Renzi insiste no apelo para que seja realizada de emergência uma cimeira ao mais alto nível sobre imigração, envolvendo os vários líderes europeus.
"Malta e Itália são as pontes naturais entre a Europa e África", lembra o chefe de Governo italiano, fazendo questão de deixar um aviso: "O diálogo entre os povos pressupõe justiça. E se existe tráfico humano - porque é isso que está aqui em questão - eu, que represento um país, que às costas tem séculos de princípios de Estado de Direito não posso deixar que os culpados deste desastre fiquem impunes".