A Junta militar que tem o poder na antiga Birmânia, atualizou o balanço de vítimas causado pelo forte sismo de sexta-feira. A ajuda chinesa começou a chegar, e inclui equipas de proteção civil e socorristas de organizações não governamentais chinesas
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Mais de mil pessoas morreram em Myanmar (antiga Birmânia) em resultado do sismo de magnitude 7,7 ocorrido no centro do país esta sexta-feira, informou este sábado a Junta militar num segunda relatório revisto em alta.
O sismo de sexta-feira matou 1.002 pessoas e feriu outras 2.376, disseram as autoridades de Myanmar, que apelaram à ajuda da comunidade internacional, um apelo considerado excecional, tendo em conta a dimensão dos danos humanos e materiais e o isolamento político da junta no poder.
Uma equipa de 37 socorristas chineses chegou este sábado a Myanmar, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. O grupo, que partiu esta manhã de Yunnan, uma província chinesa que faz fronteira com a Birmânia, está equipado com material de socorro de emergência, como detetores de vida, sistemas de alerta precoce de terramotos e drones, e espera-se que ajude no “trabalho de socorro e cuidados médicos”, acrescentou.
Dezasseis outros membros da Blue Sky Rescue (BSR), uma das principais organizações humanitárias não-governamentais da China, partiram para a Birmânia da cidade de Ruili, na província de Yunnan, transportando kits de primeiros socorros, geradores de energia e ferramentas de demolição em cinco veículos.
A União Europeia anunciou na sexta-feira uma ajuda de 2,5 milhões de euros a Myanmar e mobilizou o programa de observação por satélite para ajudar a socorrer as vítimas do terramoto.
Também na sexta-feira, várias organizações internacionais anunciaram a disponibilização de ajuda, incluindo a Organização das Nações Unidas, a Organização Mundial de Saúde, os Médicos Sem Fronteiras e os Estados Unidos.
O sismo ocorreu às 06:20 de sexta-feira (hora de Lisboa), a uma profundidade de 10 quilómetros com epicentro localizado a cerca de 17 km de Mandalay, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, que mede a atividade sísmica em todo o mundo.
Mandalay é a segunda maior cidade de Myanmar, com 1,2 milhões de habitantes, e a 270 km a norte da capital, Naypyidaw.
Em Banguecoque, na Tailândia, a cerca de mil quilómetros de distância, foram registados, até ao momento, 10 mortos e 100 desaparecidos.
O sismo também foi sentido em várias cidades do sul da província chinesa de Yunnan, embora até agora os danos registados tenham sido pouco significativos.
