O presidente francês manifesta-se confiante que o "pedido de extradição" de Salam Abdeslam vai ser aceite "muito rapidamente", pela justiça belga.
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Esta tarde, numa conferência de imprensa conjunta, em Bruxelas, na qual classificaram a detenção do suspeito dos atentados de Paris como "um sucesso incontestável", os governos da França e da Bélgica prometeram que o combate ao terrorismo vai "continuar".
"Devemos continuar e prosseguir", prometeu Hollande, salientando que é preciso perseguir "as ligações que conduzem à Síria, onde está o grupo terrorista Daesh, que quis que estes atentados pudessem ser organizados, planificados e financiados".
"É da Síria que partem numerosos destes protagonistas", disse o presidente francês, que esta tarde precipitou a sua saída do edifício do Conselho Europeu, onde decorria uma Cimeira, para se reunir com Charles Michel, na residência oficial do chefe do governo belga para acompanharem a evolução dos acontecimentos, tendo posteriormente anunciado que vai pedir a extradição de Abdeslam.
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"Salam Abdeslam estava sob um mandato de captura europeu e não tenho dúvida que as autoridades belgas vão avaliar muito rapidamente um pedido de extradição. Sei que as autoridades belgas vão responder o mais favoravelmente possível e o mais rapidamente possível", afirmou.
Para o primeiro-ministro belga, a detenção de Abdeslam representa um "sucesso incontestável" no combate ao terrorismo.
"Este momento, esta noite, é incontestavelmente um sucesso, nesta batalha, contra o terrorismo e contra esta forma abominável de negação da vida humana", declarou Charles Michel, acrescentando que autoridades dos dois países trabalharam incansavelmente, até ao dia de hoje.
"Em alguns meses foram mais de cem investigações levadas a cabo, sob condições extremamente delicadas, como vimos novamente, no início da semana em Forest. Foram detidas 58 pessoas".