Quase 35 milhões de eleitores vão hoje às urnas para as eleições municipais e autonómicas, eleições que estão a ser consideradas como um teste ao bi-partidarismo. As sondagens indicam que o Partido Popular, agora à frente de 11 de 13 das regiões autonómicas, vai sofrer um abalo com o crescimento do Podemos e dos Ciudadanos.
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O governo espanhol afirmou hoje que o processo eleitoral em todos os municípios espanhóis e em 13 regiões autónomas arrancou "com absoluta normalidade", destacando o caso de uma localidade em que a votação durou menos de cinco minutos.
Em conferência de imprensa em Madrid, a secretária de Estado espanhola da Comunicação, Carmen Martínez Castro, e o sub-secretário do Ministério do Interior, Luis Aguilera, deram conta da "absoluta normalidade" no arranque do processo eleitoral.
Aguilera afirmou que não se registaram quaisquer incidentes "de relevo" na abertura das mesas de voto e destacou um episódio anedótico de uma localidade -- Villarroya, na região de La Rioja -- em que a votação começou às 9:00 e terminou menos de cinco minutos depois, com todos os votos entregues.
Villarroya tem apenas nove eleitores. Oito votaram presencialmente e um entregou o voto por correio. A mesa de voto entretanto pediu e recebeu autorização para fazer a contagem.
Quase 35 milhões de eleitores em Espanha, entre os quais 20 mil portugueses, poderão votar hoje nas eleições municipais, para escolher nova gestão camarária em 8.122 "ayuntamientos".
Os analistas preveem o fim do bi-partidarismo entre o PP e o PSOE, que dura há mais de 30 anos.
Em declarações à TSF, Javier Martin, jornalista do El País, ouvido pela TSF está também convencido que é isso que vai acontecer.
Quanto às consequências, no limite Rajoy poderá não vir a ser o candidato do PP nas eleições gerais, mas esse é um cenário que implicaria um resultado catastrófico nas eleições de hoje, o que Javier Martin acredita que não irá acontecer.